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Como nasce um hospital premium: os bastidores da implantação do The One Hospital e as lições para o setor de saúde

  • Foto do escritor: B2E Saúde
    B2E Saúde
  • 13 de nov.
  • 4 min de leitura

Construir um hospital é, por si só, um movimento de enorme complexidade.


Construir um hospital premium, com alto padrão de operação, experiência e tecnologia, antes mesmo de abrir as portas, exige uma combinação rara de visão, método e competência técnica.


No The One Hospital, empreendimento premium em implantação em Brasília, temos a oportunidade de acompanhar isso de perto e na prática.


Este artigo reúne os aprendizados reais dessa jornada e revela o que acontece “por trás da obra”: o que realmente faz um hospital nascer pronto para operar com qualidade, segurança e consistência.


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Por que construir um hospital é uma aposta de altíssimo risco


Hospitais não falham apenas por problemas financeiros ou falta de demanda. Na prática, a maior parte dos riscos está em fatores menos visíveis:


  • operações não padronizadas,

  • tecnologia mal implementada,

  • fluxos físicos inviáveis,

  • cronogramas subestimados,

  • equipes sem alinhamento,

  • ausência de clareza sobre diretrizes e propósito.


No The One, esse risco foi percebido logo nos primeiros encontros. Não é apenas uma obra sofisticada: era uma operação complexa sendo construída do zero, com expectativas altíssimas e prazo extremamente curto.


E é exatamente nesses cenários que metodologia, experiência e governança fazem toda a diferença.

 

A visão que diferencia o The One: pensar paciente e médico ao mesmo tempo


Todo hospital diz que coloca o paciente no centro. O The One faz isso, mas vai além. A visão estratégica do projeto inclui uma segunda obsessão: a experiência do médico.


Essa escolha muda completamente o modelo operacional por trás da instituição.


Quando o médico tem:


  • menos burocracia,

  • processos claros,

  • sistemas eficientes,

  • e uma operação que funciona,


o paciente automaticamente recebe um cuidado mais fluido, seguro e resolutivo.

É a lógica do “ganha-ganha” aplicada ao design assistencial: cuidar do médico é cuidar do paciente.

 

Um time multiprofissional com ampla bagagem em saúde


Nenhum hospital nasce apenas de boas ideias. Ele nasce de pessoas capazes de transformar essas ideias em processos, sistemas e rotinas reais.

 

No The One, o projeto foi estruturado assim:


  • Consultores da B2E Saúde

Responsáveis por desenhar os fluxos, elaborar documentos, estruturar políticas e construir toda a base operacional, do estratégico ao cotidiano.


  • Operadores do hospital (gestores internos)

Uma equipe multiprofissional, com ampla experiência na área da saúde, selecionada para assumir, implementar e rodar a operação no dia a dia.


É essa soma de competências (visão + método + operação) que permite que um hospital saia da planta para a realidade.



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A pirâmide que sustenta qualquer hospital


Um dos aprendizados mais fortes deste projeto: hospital nasce no papel antes de nascer na prática.


A estrutura documental, quando feita de forma séria e profunda, é o que garante previsibilidade e segurança no dia 1.


No The One, aplicamos:


1. Políticas: Definem o porquê.São os princípios que orientam decisões, limites e direcionamento.


2. Planos: Definem o que será feito.Plano de riscos, de qualidade, de segurança, de assistência, entre outros.

3. Protocolos: Definem como fazer.Padronizam condutas clínicas e administrativas.


4. POPs (Procedimentos Operacionais Padrão): Definem o passo a passo.Treinam equipes e evitam variabilidade.


Antes mesmo do onboarding dos líderes, 164 documentos já estavam prontos.Esse volume não é excesso: é maturidade.

 


O maior risco do projeto: o tempo


Se existe um vilão em qualquer implantação hospitalar, ele se chama cronograma.


No The One, ele era especialmente crítico:


  • onboarding da liderança → novembro

  • primeira cirurgia → dezembro

  • operação completa → janeiro


Três meses para transformar uma obra em uma instituição funcionando a pleno vapor. É extremamente desafiador, ainda mais para um hospital que nasce com propósito premium.

 

TI: o desafio mais crítico (e mais determinante)


A promessa: um hospital totalmente digital, sem papel, rodando digitalmente em ERP.


A realidade: um sistema robusto, complexo e cheio de dependências, com prazo curtíssimo para parametrização e testes.


Foi, sem dúvida, o ponto mais sensível do projeto.Mas a resposta da equipe foi exemplar: “Nós entregaremos.”


Essa postura, técnica + comprometida, foi fundamental para o andamento do cronograma.

 

Quando o prédio impõe limites: logística, elevadores e engenharia de fluxo


Uma parte pouco comentada da gestão hospitalar: limitadores físicos.


No The One, havia apenas dois elevadores para:


  • pacientes,

  • materiais limpos,

  • resíduos,

  • alimentos,

  • leitos,

  • e transporte interno da equipe.


Sem planejamento, isso inviabiliza a operação.


A solução foi implementar barreiras de horário, rotas separadas e fluxos desenhados milimetricamente para evitar cruzamentos que gerariam riscos assistenciais.

 

Do alfinete ao foguete: a profundidade necessária


A expressão usada pelo time resume o nível de detalhamento:“Do alfinete ao foguete.”


Significa: nada é pequeno demais, nada é grande demais. Tudo influencia a operação e tudo precisa ser pensado.


Essa amplitude protege o hospital contra:


  • improviso,

  • retrabalho,

  • desperdício,

  • riscos assistenciais,

  • gargalos logísticos,

  • inconsistências no cuidado.

 

O ponto mais importante: a essência é cuidar


Depois de discutir tecnologia, fluxo, TI, protocolo, cronograma e operação…a conversa voltou para o ponto central:


Nossa essência é cuidar. É gente cuidando de gente.


No final, tudo, absolutamente tudo, só faz sentido se entregar uma experiência segura, humana e fluida para quem mais importa: o paciente.

 


O que o mercado pode aprender com o The One


A implantação do The One deixa lições importantes para qualquer instituição de saúde:


  • Visão clara + equipe certa são pré-requisitos.

  • Documento vem antes da rotina.

  • TI decide o sucesso do go-live.

  • Logística não é detalhe, é risco assistencial.

  • Operação premium nasce da soma de processo + tecnologia + gente.

  • Cuidar do médico melhora o cuidado do paciente.

  • Cronogramas realistas evitam frustração (e acidentes).

  • Humanização sem estrutura não se sustenta.


Esses aprendizados não servem apenas para hospitais premium.


Eles valem para clínicas, centros cirúrgicos, ambulatórios e qualquer instituição que queira nascer, ou renascer, com consistência.



Como a B2E contribui para hospitais que nascem certos


A implantação do The One mostra na prática o papel de uma consultoria especializada: traduzir visão em operação, intenção em processo, propósito em rotina.


Metodologia, profundidade e alinhamento são o que transformam uma obra em uma instituição que realmente cuida.


Se sua organização está nascendo, crescendo ou buscando maturidade operacional, a B2E está preparada para apoiar.



 

 
 
 

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